Duas mulheres foram condenadas a 21 anos de prisão cada uma pelo homicídio de Gislaine Aparecida de Oliveira, ocorrido dentro da cadeia de Goioerê em setembro de 2019. O julgamento, conduzido pelo Tribunal do Júri da Comarca de Goioerê, ocorreu na terça-feira, 6 de fevereiro.
Karina de Paula Martins e Rubiane Cristina dos Santos foram consideradas culpadas pela morte de Gislaine, que foi encontrada enforcada com um lençol na grade de sua cela. O crime foi planejado em uma espécie de "Tribunal do Crime", onde as rés determinaram a execução de Gislaine, que havia sido condenada anteriormente pela morte de uma criança.
O Ministério Público argumentou que o homicídio foi motivado por razões torpes e praticado sob tortura, uma vez que Gislaine foi coagida a escrever uma carta falsa de suicídio. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a morte não foi um suicídio, corroborando a tese de homicídio. Além disso, as rés foram condenadas por fraude processual.
O juiz Christian Palharini Martins aplicou uma pena de 20 anos e 3 meses de prisão para cada ré pelo homicídio triplamente qualificado e de 7 meses e 24 dias pelo crime de fraude processual. As rés, que residem em Guarapuava, já estavam detidas e não terão o direito de recorrer em liberdade.
(Foto Tribuna da Região)