A policial penal, gestora da Cadeia Pública de Goioerê e presidente do Conselho da Comunidade, Janaína Montenegro, e também a psicóloga Marina Cury, receberam nesta segunda-feira (13) uma Moção de Louvor na Câmara Municipal de Goioerê em reconhecimento aos trabalhos que são desenvolvidos na unidade penal em prol da ressocialização de mulheres privadas de liberdade.
A iniciativa da homenagem partiu da presidente da Câmara, a vereadora Luci Alvino, após recomendação da promotora de Justiça, Simone Françolin Berci, como forma de enaltecer o projeto ‘Ativando Oportunidades’, encabeçado por Janaína e que tem impactado positivamente a vida das custodiadas, proporcionando capacitações em atividades profissionais, oportunizando um recomeço, além de experiências laborais. Até o momento, são 16 mulheres capacitadas como costureiras e que já estão trabalhando na profissão, conquistando uma mudança de sua própria vida e também de seus familiares. O outro projeto homenageado na sessão da Câmara, ‘Restaurando Corações’, é coordenado pela psicóloga Marina Cury e consiste em auxiliar mães de filhos vítimas de crimes sexuais, oferecendo suporte psicológico e emocional.
“Essa homenagem é consequência do excelente trabalho que a gestora Janaína Montenegro vem desempenhando, o que vai de encontro com os objetivos da Polícia Penal do Paraná, que é de um ambiente humanizado e que possa contribuir de fato com a ressocialização das pessoas privadas de liberdade, sobretudo por tratar de uma unidade feminina”, destaca o diretor da regional administrativa da PPPR em Umuarama, Arnobe Reis.
“Essa moção leva em conta a transformação da Cadeia Pública de Goioerê, que hoje possui canteiros de trabalhos para praticamente todas as custodiadas. Conseguimos angariar recursos do Conselho da Comunidade para a construção de um espaço para alojar o canteiro de costura e, assim, capacitar estas mulheres nesta profissão. Fiquei grata pela homenagem e compartilho deste reconhecimento com as instituições a qual pertenço, entre elas a Polícia Penal, que atua com pessoas privadas de liberdade e vê a humanização da pena como uma meta plenamente alcançável”, destaca a policial penal, Janaína Montenegro.
A estrutura deste canteiro de trabalho na unidade foi construída em 2022 e no ano seguinte já contava com uma empresa instalada e com convênio viabilizando a capacitação das custodiadas. Esta atividade laboral prevê remição de pena, na qual a cada três dias trabalhados as custodiadas têm um dia a menos de sua pena. Antes mesmo da construção deste espaço, a unidade já desenvolvia atividades com as apenadas, como artesanato e aplicação de provas do Enem PPL e Encceja PPL.
Estas ações ajudam as mulheres a se reintegrarem na sociedade após o cumprimento de suas penas, facilitando sua transição para uma vida fora do cárcere. Programas eficazes como estes que foram homenageados podem ajudar a reduzir as taxas de reincidência, o crescimento pessoal e o desenvolvimento emocional das mulheres, capacitando-as a superar traumas passados, vícios ou problemas de saúde mental que possam ter contribuído para seu envolvimento com delitos criminais.
(Comunicação Polícia Penal/ Fotos Ezequiel Pezão)